quinta-feira, março 29

a décima quarta tormenta.

Eu, por mim, te dava
a casa,
o corpo,
a alma.

A estadia
ou a passagem de volta.
O direito de trancar
e abrir aquela porta.

Por mim, te dava
a mim, a ela e a outra.

Por mim, te deixava voltar
até mudaria os termos:
mesma coisa de sempre, sem receios,
você, eu e - talvez - alguns rodeios.

Por mim, te dava tudo outra vez.
E mais.
Te dava tudo o que não dei.
Ou menos.

Mas pra você, a casa, o corpo e a alma
é uma oferta alta.

Talvez só o corpo e em alguns dias a casa.
Talvez só a casa e em todos os dias o corpo.
Só pra eu ser o líquido da vez que preenche seu lado oco.

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